Meu apego é desgarrado, coitado, Não fica parado Cansado não é Quando cansa da dança, Danado, ele dá no pé Meu apego, nêgo é ego de asa Em gaiola ele morre É bixo razante, Amante Passeia nas praças Meu apego tem a graça De quem não prende Os pés no chão Ele canta pelo mundo Baixinho Sem alarde Mas em todo fim de tarde Ele se lembra direitinho, Onde largou sua saudade
Na via dos dias a agulha se desgarrou da linha, continuou costurando o tecido, deu-se conta, já velha, que o bordado não coloriu a toalha. Tarde demais, seus olhos não a permitiam colocar a linha de volta na agulha. Parou em desespero e respirou a vida bordada de nadas