quinta-feira, 28 de abril de 2011

Medo que se mede
Junto,
Acaba perdendo
O tamanho

Apego?

Meu apego é desgarrado,
coitado,
Não fica parado
Cansado não é
Quando cansa da dança,
Danado, ele dá no pé
Meu apego, nêgo
é ego de asa
Em gaiola ele morre
É bixo razante,
Amante
Passeia nas praças
Meu apego tem a graça
De quem não prende
Os pés no chão
Ele canta pelo mundo
Baixinho
Sem alarde
Mas em todo fim de tarde
Ele se lembra direitinho,
Onde largou sua saudade

Alzheimer.

Na via dos dias a agulha se desgarrou da linha, continuou costurando o tecido, deu-se conta, já velha, que o bordado não coloriu a toalha. Tarde demais, seus olhos não a permitiam colocar a linha de volta na agulha. Parou em desespero e respirou a vida bordada de nadas

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Entre e sai de corpos

Minhas palavras delirando, dedilhando os silêncios do seu corpo
O meu gozo em trema
Perguntado; como entro e saio desse poema?

A palavra

me descrevo em palavras que saltam da minha boca. Que se jogam pelo abismo do mundo, em ecos. Mas é só a que não sai de mim, que me diz por inteira.

Recado para uma flor

Não amanheça ontens no hoje do amor

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Para uma paixão

"(...)Se a gente puder ir devagarinho como precisa,
e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais,
então eu acho que nunca que é pesado..."
Guimarães Rosa