terça-feira, 24 de maio de 2011

Pra você, mulher dos olhos tristes
A quem chamo de mulher,
Embora menina seja,
Para você que carrega timidamente
Os ares profundos
De quem pouco espira,
Inspirando minhas mãos
A abertura do colo.
Recebo-te, mulher dos olhos tristes
Na minha prisão de quatro poemas
Na audição dos seus dilemas
E digo, para você
Que intuo que
Se me jogasse no meio
Do buraco negro dos seus olhos
E mergulhasse nos seus sub-mundos
Traria uma flor
Do seu poço mais fundo
E daria a você
A loucura de ser
Nesse mundo, tão mudo.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Coração,
Murro esfaqueado
Na ponta uma lasca
Aberta, no meio
Nos seios
As marcas
Do fim do recreio
Receio
O sino que bate
No entre das pernas
Escorre uma magôa
Agua.
Que não cabe mais
Minha cabeça.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Fotografo papeis em branco.
O que ficou por dizer,
É sempre mais bonito?
Talvez eu invente que a gente não pode
Antes que a gente não possa, amor
Talvez desmente o que diz que não sente
Talvez, entende?
Eu tenho mania de estragar tudo
Antes do prazo de validade
E se eu inventar o fim
Enfim
Não diga sim, assim.

Sexo é putaria fantasiada

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pastel

Mergulho em seu corpo
em busca de uma intima morte
assim te dispo do tempo
com a linha
me tento
a bordar-me com suas cores
e em pastéis tons
molharei suas dores
estas que te cabe
em outros amores
mas no nosso, meu bem
só as flores

Maior que o fim.

Com você, não vou embora de mim.
Embora mim,
seja agora outra coisa que não eu.
Embora eu seja agora outro mim,
maior que sempre,
maior que o fim.
Não calo o amor
Que em tardes
Não se põe
Se opondo a tudo que é vago
Ardo
As palavras que sinto
Não cabem em boca
Peitos e pubis
Quero mais do que de costume
Consumação de fogo
Nem a agua me acalma
Sou puro gozo.

domingo, 8 de maio de 2011

que seja lindo o dia, que me cabe na distância.
Eu te amo além das dadas mãos
Em qual quer chão de terra
Apesar de toda guerra
É pela paz nossa canção
No hoje do ontem
No ontem que choverá amanhã
Te amo além da vida
E saudo toda ida
Dessa nossa conjugação

sexta-feira, 6 de maio de 2011

CORTE

É de cristal o meu paraíso feminino
E você anda nele com sapatos de ferro
Sem cuidados!
Não percebe que quebra?
Quer por acaso fazer do meu éden
Um saco de purpurina?
E sair por aí
Jogando em qual quer canto
Os farelos da minha alegria?
Vá!
Ande em estradas adequadas
A teus pés
Aqui no meu mundo
Eu fico com meu estilete afiado
Cortando fatias dessa lua.

Luiza Lubiana

segunda-feira, 2 de maio de 2011

tara ri ra ra

Eu sei de cór
Os versos que fiz de cor
Pra cantar na sua vida
Para entrar na sua história
Trasformar-te em amor
Quero a arte,
Quero a parte
Que me cabe nessa flor
Que contei em minhas pétalas
E nas folhas dos meus dias
Quero o tom
Dessa paixão em alegria
Voo em calma
A dançar na alegoria
Dos lençóis da minha cama
Dos anzóis do nosso ar
No buraco do seu olho,
Eu me jogo
Eu sei voar.