quarta-feira, 1 de junho de 2011

Entre mil edifícios abri o meu jardim
no meio do orifício
a flor brotou sem fim
rasguei meu coração
para regar de sangue
todos os seus espinhos
Meu amor nasceu,
Sozinho.
Sem pai, nem mãe
E nem religião
Que sabe eu seja
Um fruto deste filho
Que jamais nascera
Ao nunca estar a mercê
Do que já foi
Amante
De uma prisão-passado
Não serei escravo
Deste mal-amado
ato de não andar.
E que me condenem
A liberdade de não poder voltar
Pena perpetua é esta
de viver pra recordar.

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