terça-feira, 7 de julho de 2009

A Alegria descabida

Tragam-me uvas Dionisíacas.
O vinho que me foi proibido de volta.
Libertem os loucos do hospício, vejo a arte se esvaindo.
Não há arte sem loucura.
Quanta contradição há em mim essa noite.
Domada por uma euforia em fúria
Que clama orgasticamente por arte.
Não tenho mais medo de ser vendida
A prostituição também pode trazer o gozo
Escolham a dedo seus clientes.
O que eu falo não se escreve
O que eu escrevo não se diz
Sentido é algo que desconheço
Poderia ficar noites sem dormir
Cultivando essa luz trevoica.
Brotarão frutas dessa noite
Brotarão.
Logo serei parte da mídia
A voz chegará a massa
Então hoje pela última vez posso dizer
O que continuarei dizendo amanhã
Besteiras inúteis
Sobre isso que habita meu ser:
Riam.
Esse é o único intuito da dor
Causar risos.
E de promessas eu não vivo
Não sei cumpri-las
A não ser uma
Não me acabarei em pontos previsíveis
Não tomarei pausas
Eu nunca aprendi o uso correto das virgulas e dos acentos.
ISSO NÃO ME INTERESSA.

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