segunda-feira, 13 de julho de 2009

Simples

Nas épocas de alegria pacifica costumo abandonar a escrita, como se tivesse adotado-a como libertação de excessos. A dor e o vazio impulsionavam a busca do preenchimento, a alegria euforica traz consigo uma fluidez incansável. Hoje é paz, escrevo em paz, uma paz alegre.
Uma avenida movimentada, a cabeça cansada após uma viagem longa, a ansiosa procura pela rua certa, a distração. Um carro forte vindo na direção.Colidem então. Por sorte, por MUITA sorte eu era sozinha naquele dia. Perda total de um bem material, mas nenhuma perda humana. Entre o tumulto ainda zonza ouço murmurinhos; "Acho que ela fica aleijada", "Provavelmente tá morta". Com um esforço abro os olhos, estou viva. O banco lateral tomado por ferros e uma dor no pescoço que não me deixava respirar. Chega a ambulância do corpo de bombeiros, vou na maca tomando soro, choro. Naquele instante vi minha vida inteira passar, me libertei de velhos fantasmas, tentei contato com um na certeza de que precisava pedir perdão, o fantasma não surgiu, libertando da culpa, do momento que era verdade quando ele trouxe a duvida.
Sai dali depois de 04 horas e já podia sentir as pernas novamente. Respirei livre, leve, como a tempos não fazia. Que sensação nova. Chorei de alegria, eu não desejaria morrer nunca mais. Ganhei um presente. Poxa havia perdido o teste, não, não havia não. A dor era grande o enjôo também, todos diziam que era loucura, mas eu realmente queria, eu realmente desejava, vim de muito longe para isso. Eu fui. Fui e com a minha ida ele também veio. Tenho certeza de que com todas as bênçãos. EU NASCI DE NOVO. Sou grata e leve, leve como o vento.
De uma família incrível, de amigos amados, de arte no inspirar e no espirar, um novo projeto cheio de amor, um amor novo. Estou cheia de amor.
OBRIGADA.
SIMPLES ASSIM.

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