sábado, 5 de março de 2011

Apagou as portas
Fechou a luz
Do que tanto importa
Não era Jesus
Era um ateu nato
Um poeta magro
Carregando a cruz
Tocando viola
Pra surdos e cegos
Levou na sacola
Um futuro incerto
Bebeu a dor dos outros
Pra fazer canção
Matou de desgosto
O pai, a mãe e o irmão.
Caminhou no escuro
De um mundo são
Se matou no dia
Do fim
Desse sermão
Não deixou saudades
Nunca fez maldades
Nem nenhum milagre
Já até foi feliz
Chamado de louco
Se doou pra poucos
Se matou no dia
Do fim desse
Sertão

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