domingo, 6 de março de 2011

O céu mais estrelado e bonito que já vi. Pela janela do carro, pela janela do quarto, pelo contorno das árvores, pelos entornos da vida.
Rimos de um carro sem jeito, que nos leva de volta para o paraíso, rimos de um jeito como há muito não riamos. Rimos de chorar. Eu choro, choro pois me dou conta da nossa distância, física e de relação, tomo consciência de que também posso perder você, você e tudo que não vivemos. Te sinto, minha mãe, te sinto mãe minha, como nunca antes senti, será que isso muda o meu rumo? Será que muda o gosto do sumo que hei de provar, nos amores da vida?
Será que é a despedida de uma busca de ti, em seios fartos da falta de leite? Será que é o começo de uma era de aceites, de respeites, de deleites?
Alguma coisa mudou em mim neste carro quebrado, alguma coisa sorriu nos meus cantos escuros, que saudade eu estava, que saudade.
Agora seguimos, logo chega ela e será diferente, será. Eu tenho uma mãe e ela é minha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário