quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Colo da mãe

Este cheiro de morte a prostituir meus sonhos,
me deito no ventre da mãe
Aquela que me carregava
Desde meu princípio
Em seu liquido amniótico
Hoje seca minhas lágrimas
Com dor mais intensa que a do parto
Estou partindo.
Paro fim do jogo
Aos 23 minutos do prmeiro tempo
Antes do gol
Sobra pra reserva
Alguma poesia
Para te fazer sentir meu cheiro
No meu travisseiro de infância
Confesso que por mim ficava
Mas essa vida tão bonita
Me expulsou de vez
De casa
Deu um nó na minha garganta
E vem roubando meu ar.
Essa tal da vida, não quer me ouvir reclamar
Logo eu que sou língua solta
Hoje me encontro rouca
Não por tanto berrar
Talvez porque um dia calei
Ou talvez eu não soube amar.
Hoje me perco nas letras
Que já não poderei te cantar.

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