Eu vou embora, agora.
Porque não há em mim
não há
Outro tempo verbal que não esse.
Vou assim
Jogando amarelinha
Com meu vestido rodado
De papel.
Que a minha pedrinha caiu no céu
Vou correndo,
Por que preciso de impulso
Para voar.
Passarinha que sou
Carrego o céu que trouxe de fora
Para as gaiolas do mundo
Arrebento a porta
E convido humanos para o voo
Mas só pode voar
Quem não tem medo de cair.
Os meus amigos tem asas levinhas
feitas de algodão
Que de tão leves vencem o peso do mundo
E ficam comigo
Sentados na praia
Assistindo o sol, beijar a escuridão
Que novela mais bonita que essa não há
Que meus amigos sabem dançar
Além do dois pra lá dois pra cá
E os meus amores, não sei
Os que vierem vão encontrar
Um abismo enorme
Para pular(há mar)
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