quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quando eu era menina,
Eu sentava na janela
Via escorrer as gotas
Da cachaça e da panela
Tinha medo de crescer
E assim poder morrer
Como morriam no céu 
As estrelas de papel
E os verbos do meu ser.

Pelos verso que falei
Logo cedo dei pra muda
Por tanto me desconhecer
Fez histórias não de mim
Ai eu cresci bem sofrida
Com um sol no meu pescoço
E um som bailarina
Um poeta me escolheu
Mais crescida virei musa
Não sou pronta, não sou obra
Triste, eu não sou o fim

Ah me de sua mão
Encoste sua palma
Na cor da minha alma
Veja a musa chorar

Ah me dê sua mão
Encoste sua palma
Na dor da minha alma
Veja a musa chorar

Me desculpe amado
Senhor poeta, cansado
Mas me parto daqui
Vou parir o que sou
Não me escreva mais nunca
Pois eu quero ser obra
Não humana, não mais.

Ah me dê sua mão
Encoste sua palma
Na dor da minha alma
Veja a musa chorar

Ah me dê sua mão
Encoste sua palma
Na dor da minha alma
Veja a musa chorar

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