sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eu tive uma namorada que tinha carocinhos no pescoço, no começo ficava muito preocupada com ela. Depois eu descobri que os carocinhos eram poemas não escritos, aqueles que ela acumula por preguiça perto da orelha que ouve muito. Aqueles que ela deixa bem preso na garganta, ou nos dentes cerrados quando os mesmos insistem em querer fugir. Hoje sei que ela adoesce por palavras sem ar, as que sufocam em meio a saliva.
Esse caroço poderia um dia ter sido poema,
Assim como ela poderia um dia ter sido a mãe dos meus filhos,
Mas não foi
Assim como a poesia
Nunca foi dita.
Prisão de ventre é prosa em branco.

Um comentário:

  1. Você é gênia assumo e ponto.A mãe dos seus filhos serei eu.

    PS: Vai passar

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