quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Talvez em algum sonho em sépia você ainda apareça. Nos meus labirintos ou na hora da aula chata. Quem sabe, nos encontraremos em algum show inusitado e eu deixe você segurar meu guarda-chuva. Ficaremos à toa, em um banquinho qualquer, matando a faculdade sem pensar no que virá. Deslumbradas, rodaremos juntas por toda madrugada. Carmen Miranda será nossa única testemunha. Pode ser que a gente se enrole nas roupas do varal, entorpecidas de presença. Você pode me achar vez em quando dentro de um monóculo, ouvindo música distraído ou lavando louça. Os dias talvez passem lentos e eu estou decidida a fugir de você. Se pegar um atalho, pode ser que me encontre antes que eu me perca. A vida passa ligeira e é de se entregar até a última valsa.

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