quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Carta (nem tão) Antiga


Os quilômetros de estrada contadas por seus anos, não são quases nos meus tons. Não conheço seus caminhos, nem o que carrega nos olhos fechados.
Não falo a quem não tem ouvidos interessados, minha voz precisa de reverberações. E se a sua vida é boa pra valer a dor do mundo, contribuir com a dor é mero acaso, do que acho descaso.
Só não quero cruzar meu caminho com o seu, por que sua estrada adiantada, vai dar em um lugar muito longe de onde quero chegar, e de onde intuo estar indo. Sei de você o suficiente para saber que não quero estar onde você está, quando eu tiver 32 anos. Multidão e música alta nunca foram o meu forte. Acho que tenho porte, pra carregar no peito a sorte de fazer parte da arte, a que me cabe.

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