sábado, 26 de fevereiro de 2011

não mande noticias "do lado de cá"

Culpa
Me culpa pelo seu desengano
Pela falta de planos
Pela diferença dos anos
Me apaga
Da sua memória
Vitória onde nasci
Meu espírito não é santo
Chore seu pranto
A me demonizar
Esquece esta história
E me deixa ir
Embora
De uma nossa vida
Que eu já parti.
Inteira, ao meio.
Seio de minha mãe
Lugar que mal freqüento
Nas falhas dos meus
Tento
Ainda ser imperatriz
De um amor que eu não quis.
É você quem diz
Sem som
Meu Tom
Entre Vinicius e as mulheres da Farm
Fere
O que ainda não curou
Chora depois
No colo do novo amor,
Amor?
Omitir é pior que mentir.
Esconder
É a incapacidade de criar.
Invento meu tento
Em um mundo que não te cabe
Faço história do que não vivi
Vivo o que hisotrizei
Você eu não sei
Não faz parte do refrão
E hoje com um golpe são
Te escrevo o poema derradeiro
Para não provar
Para não causar
Para você não ler.
So queria te dizer
Que ninguém
Nunca vai me convencer
A receber as palmas
De uma platéia comprada
Que as músicas sem letra
Não terão a minha dança
A sua vida me cansa
Mulher mansa
Não me trança mais
As suas esperanças
Mudanças
Que não sabe ver
E hoje fui escolher
Um novo vestido
Tão colorido
Que é pra lembrar
Que seus quase 30 anos
É um lugar sem tamanho
Onde não quero estar

Um comentário:

  1. Você é muito profunda, meu amor.Coisa mais linda que li nos últimos tempos.

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