terça-feira, 23 de outubro de 2012

Da Tay ou da Ana

Eu, Ana, guardo desde os 14 anos, um monte de coisas numa caixinha rosa com desenhos de corações azuis claros, coisinhas tantas, que falam de mim mais do que qual quer um já soube. Escritos meus, escritos de amigos, medos, paixões, cacarecos, desenhos, silêncios, segredos. Guardei essas coisas lá na esperança de um dia mostrar para alguém, um amor, tinha de ser para um amor, e toda vez que chega u
m amor novo meu coração dá um pulinho e me pergunta: "É esse?". Nunca foi esse ainda. Eu então pensei que de repente poderia mostrar para alguém da minha família, mas ninguém lá em casa tem esse olhar romantiquinho para com a vida. Então ainda espero o esse chegar, a culpa é toda da caixinha. E nesse caminho, quase todo mundo conhece a Tay, mas a Ana, a Ana talvez ainda esteja na caixinha rosa de corações azuis clarinhos.

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