Eu sou, veja bem, meu quase amor (confesso), uma criança coberta de ferrugem, brincando no meio do terrível, uma criança sonhando que alguém, seja capaz de borrar meus contornos vazios. E eu pensei, veja só que audácia, que de repente você poderia se atirar no meio dessas ondas escuras e me trazer do tempo um barquinho de papel, única travessia a mim possível. Eu pensei que talvez você pudesse remar comigo esse barco de papel, enquanto as folhas desmancham na água e a gente, junto, vira mar.
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