terça-feira, 23 de outubro de 2012

Dos pontos

Lembro de uma viagem, acho que para Porto Seguro, não tenho certeza, mas lembro de estar sentada num ônibus com Natasha Siviero e tia Neda, eu e Natasha(talvez ela nem lembre a gente edita a memória cada um de um jeito) inventavamos histórias ou músicas poéticas para ela e lembro que Natasha falou para mim depois que tia Neda disse que a minha história era bonita; Sua história é legal, mas não aca
ba nunca. Isso ganhou um significado plural na minha vida. Eu tive na vida escolar uma dificuldade enorme com pontuação e mais tarde essa dificuldade se alastrou para as minhas histórias todas. Elas se estendiam para além do que deviam e ficavam sempre com um ar de reticencias. Se tem uma coisa que eu acho que eu sinto que aprendi, olhando para esse azul de domingo, ao longo desses 23 anos, é que muitas vezes o (.) ponto final, não quer mais dois pontos de companhia e que saber acabar uma história, pode doer menos do que deixa-la em aberto.

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